Londres - Regent's Park, Trafalgar Square, Whitehall e o Big Ben
Depois de nossa primeira noite em Londres, acordamos cedinho
da manhã para começar a percorrer a nossa seleção de atrações que a cidade tem
a oferecer. Estávamos usando como guias o Lonely Planet Great Britain e um
livrinho em português que destacava as “10 principais atrações de Londres”.
Logo depois do café da manhã, seguimos a pé até a estação
Regent’s Park, que tinha um linha mais direta até a primeira parte da cidade
que queríamos conhecer: a Trafalgar Square. A estação Regent’s Park fica,
obviamente, ao lado do parque de mesmo nome, e não resistimos em dar uma
caminhadinha pelo lugar.
Só conhecemos um cantinho do Regent’s, que ocupa o tamanho
de um bairro inteiro, mas pudemos ver alguma coisa de jardins e dos típicos
parques ingleses. Como tinha chovido a pouco e como ainda era cedo, não havia
praticamente ninguém por ali, a não ser algumas pessoas praticando corrida. Os
únicos seres vivos, além de nós e das árvores, eram aqueles esquilinhos
nervosos e curiosos que se encontram em qualquer área verde daquele país.
Como acabamos caminhando bastante em direção a leste,
decidimos que o melhor era pegar outra estação do metrô, a Baker Street, que já
estava mais perto de nós do que a inicialmente pretendida. A estação fica na
rua do famoso detetive de estórias policiais, o Sherlock Holmes, e embora a
personagem seja fictícia, há uma loja de souvenirs bem caracterizada no que
seria o endereço do escritório. Coladinha nela, uma loja de parafernália
turística dos Beatles – nada mais britânico.
Descemos, então, até a estação Charing Cross, bem em frente
à Trafalgar Square. O dia estava um pouco mais aberto já do que mais cedo, o
que nos empolgou em fazer bastante fotos externas da região que concentra a
maior parte dos ícones da cidade de Londres.
A praça de Trafalgar, que é essa aí da foto, é caracterizada
por vários leões de bronze ao redor de grandes fontes de água. Num dos pontos,
está a também famosa coluna de Nelson, em cujo topo fica uma estátua do
Almirante que foi o responsável pela vitória da Marinha Britânica na Batalha de
Trafalgar, em 1805, contra o Império de Napoleão.
O maior prédio ao redor dessa praça é a National Gallery, o
principal museu de pintura da Inglaterra, que seria visitado por nós num outro
dia. Ao lado dele, numa rua lateral que não se pode ver direito a partir da
praça, fica a National Portrait Gallery, que se tornou um museu separado e no
qual estão expostos os retratos de todos os reis, nobres e grandes personagens
históricos da Inglaterra – muitos do quais já mostrados em filmes, cédulas de
dinheiro e em livros de história.
Do lado oposto da praça ficam as “Casas” da África do Sul,
de Uganda, da Malásia e de outras ex-colônias inglesas, que funcionam como
espécies de embaixadas desses países.
A avenida que desce em direção oposta à National Gallery, é
conhecida como Whitehall e equivale à nossa Esplanada dos Ministérios. Ali
estão o Gabinete do Primeiro Ministro do Reino Unido e alguns do s principais
ministérios, como o da Defesa. A Downing Street, 10, endereço da casa oficial
do Primeiro Ministro, na verdade é uma ruela lateral dessa avenida Whitehall e,
pelo menos naquela época, não estava aparentemente aberta para visitas, por questões
de segurança.
Essa mesma avenida, depois de umas quatro quadras vindo da
Trafalgar Square, leva ao mais famoso ponto turístico da cidade e talvez um dos
mais conhecidos do mundo inteiro: o Big Ben. O Big Ben nada mais é do que a
torre do relógio das Casas do Parlamente inglês, a Câmara dos Lordes e a Câmara
dos Comuns.
Assim como no Brasil, as duas casas do parlamento dividem um
mesmo prédio, que nesse caso tem um estilo gótico que mais parece uma catedral.
O parlamento fica nas margens do rio Tâmisa e não permite a entrada de
turistas, a não ser em visitas institucionais agendadas por meio de sua
assessoria, com o objetivo de conhecer o funcionamento do sistema legislativo inglês.
Para a grande maioria dos visitantes, como nós, a única
coisa a se fazer por ali é ficar procurando o melhor ângulo para cobrir todo
aquele prédio numa só foto, tentar fazer pose na frente da torre para ter uma
foto com o cartão-postal da cidade e ainda esperar bater uma hora cheia para
escutar as badaladas do relógio indicando que horas são.
A ponte que cruza o rio Tamisa ao lado do Parlamento, e que
tem o nome de Westminster Bridge (é uma atração por si só, por causa dos leões que tem nas suas cabeceiras), ainda revela outra visão de um ícone mais
novo da cidade: a London Eye – aquela roda gigante gigantesca (olha a
redundância) que foi inaugurada pouco antes do ano 2000 para comemorar a
passagem do milênio, e que se tornou o passeio mais disputado da cidade. Deixamos
para seguir até lá num outro dia, mas já garantimos a foto com a vista que se
tem dela a partir da margem ao norte do rio.
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