Parque Nacional dos Lagos de Plitvice - Parte II


No nosso plano de visita ao Parque Nacional dos Lagos de Plitvice, chegaríamos por volta do meio-dia, de ônibus, faríamos a visita pela parte da tarde, até o anoitecer, e passaríamos a noite numa pousada local, para seguir viagem a Zagreb só na manhã seguinte.

Não poderia ter dado tão certo...

Chegamos com um pouco de atraso, em razão das paradas do ônibus, mas nada que assustasse. Como já tínhamos almoçado na última parada (aquela dos animais empalhados), bastava nos livrarmos dos mochilões para poder fazer os passeios com tranquilidade.
Nossa reserva era para o Villa Katja, nos arredores do parque. O endereço, no entanto, não era de conhecimento de niguém que perguntamos (motorista, guarda, pessoas passando, etc.). Por sorte, encontramos uma agência de correio e lá conseguimos a informação de que o lugar ficava a mais de meia hora de caminhada dali, o que não era uma boa ideia para quem estava carregando uma mochila com peso de final de viagem.

Nossa opção foi então simplesmente fazer uso do celular e ligar para o lugar, para ver como chegar até lá de uma maneira "indolor". A mulher que atendeu, dona do hotel, foi extremamente simpática e só nos perguntou onde estávamos para logo em seguida prontificar-se a ir nos buscar. Disse que em menos de 10 minutos estaria lá e assim foi.

Quando ela chegou, no entanto, viu que seu carrinho 1.0 compacto não seria suficiente para quatro marmanjos e sugeriu que mandássemos apenas as mochilas e que fôssemos direto fazer o passeio. O check in seria à tardinha, quando terminássemos. Poderíamos ligar novamente depois das 18h, que seu marido viria nos buscar naquele mesmo lugar.

Sem razão nenhuma para desconfiar de suas boas intenções, deixamos as mochilas com a proprietária da pousada e rumamos para a entrada do parque. Havia uma pequena fila na bilheteria, mas em 10 minutos já estávamos do lado de dentro, esperando o primeiro bondinho para iniciar o passeio pela rota mais longa, de cinco horas, que foi a nossa escolhidas.

Como eu disse no post anterior, o passeio começa pelos lagos superiores e vai descendo.

O dia não estava dos melhores, pois havia bastante nuvens e até mesmo uns pinguinhos de chuva de vez em quando, mas mesmo assim os lagos estavam exibindo uma água cristalina, com um tom verde esmeralda predominando.

A sequência de cachoeiras e quedas d'água impressiona cada vez mais, à medida que se desce. Os lagos vão ficando cada vez mais bonitos.

A câmera à prova d'água do Rafael não poderia ter sido mais útil: ele conseguiu fotos muito interessantes simplesmente colocando o braço para dentro da água, tirando fotos bem nítidas das centenas de peixes que havia em cada curso de água ou lago. O efeito do reflexo da superfície da água para quem olha de baixo é surreal...

Quanto mais se desce, mais altas ficam as quedas de água e mais ligeiras as águas. Tudo muito bonito. Até o tempo foi melhorando um pouco.

Só não digo que tudo é uma maravilha absoluta porque havia muita gente caminhando nas passarelas. Às vezes, chegava a formar filas de gente, sem que estivessem em grupos organizados nem nada. O lugar é muito visitado mesmo, especialmente por gente do leste europeu. Na hora de tomar o barco que cruza o maior de todos os lagos, ficamos esperando por cerca de 50 minutos até conseguir entrar. Só do lado de lá é que existem banheiros e lanchonetes...

Tirando os percalços de ter se tornado um lugar muito visitado, o Parque vale muito a pena. Não acredito que alguém conheça lugar parecido, com tantos lagos daquela cor e tantas quedas de água como aquelas, com aqueles peixinhos quase se exibindo ali dentro da água. Sem dúvida, o Parque merece o título que recebeu da UNESCO...

Comentários

Vanessa disse…
Oi André, estou adorando o teu blog. Cada lugar lindo.
Fiz meu primeiro mochilão em 2008, meio na cara e coragem, foi td de bom. Fiz Argentina (BsAs, Cordoba e Mendoza), foi uma experiência mto bacana.

Parabéns pelo blog e pelas dicas.

Bjo

Vanessa

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