Chegada em Atenas

No desembarque em Atenas, tivemos logo de cara uma boa impressão do aeroporto. Tudo muito amplo, muito moderno, não muito cheio de gente, com boas opções de restaurantes, caixas automáticos, vários meios de transporte até o centro. Nada que uma Olimpíada levada a sério não faça por uma cidade.

Depois da eterna alegria de reencontrar a bagagem após duas conexões internacionais, procuramos a saída do aeroporto que dava para a estação do metrô. Chegando lá, porém, hesitei um pouco até comprar a passagem, pois não conseguia entender muito bem como funcionava o sistema de tarifação.

Custei mais um pouco a entender – o que só consegui depois de pedir ajuda a um rapaz numa banca de revistas – que a linha que saía do aeroporto nos deixaria diretamente no nosso destino final, a praça de Syntagma, sem qualquer baldeação.

Passagem comprada e validada, viagem conhecida, descemos para a plataforma de embarque. Uma escada rolante estragada no caminho me trouxe rapidamente a lembrança de por que um mochilão é tão mais prático do que uma mala quando o objetivo é usar transporte público.

Depois de uns 5 minutos de espera num trem parado e ainda vazio, começamos a viagem de cerca de meia hora até o centro da cidade. No caminho, minha curiosidade sobre a Grécia me fez ficar olhando o tempo todo para fora, tentando adivinhar o significado de placas de publicidade, identificando semelhanças dos prédios com os que se vê na Itália e absorvendo as primeiras impressões sobre o país e as pessoas.
À medida que fomos entrando no centro da cidade,o trem foi enchendo cada vez mais. Chegamos a perder contato visual com a bagagem, que estava num bagageiro próximo a uma das saídas do vagão em que estávamos sentados. Ficamos um pouco tensos com a situação e o cansaço da viagem acumulado me fez sinceramente arrependido por não ter pego um táxi ou mesmo um ônibus especial desses que levam do aeroporto aos hotéis.

Quando finalmente estávamos chegando na nossa estação de destino, 16 depois da estação do Aeroporto, nos levantamos e eu tive bastante dificuldade para tirar as bagagens por entre as pessoas.

Por fim, saímos na estação e logo demos de cara com as famosas exposições de vasos, objetos e estátuas gregas que existem na própria estação de metrô de Syntagma. Quando saímos para a rua, nos deparamos com o lugar mais central possível da cidade: o prédio do Parlamento, ao fundo da praça de Syntagma.
A uma quadra e meia dali estava o nosso hotel, por isso fomos a pé mesmo. Cruzamos a avenida que contorna a praça bem na hora do rush, por volta das 18h, e depois de passar por umas lojas cheias de doces gregos, atingimos nosso objetivo daquela tarde.

Pelo Booking.com, depois de bastante pesquisa, eu havia reservado duas noites no Astor Hotel, um quatro estrelas muito bem localizado, com diária de 90 euros para um quarto de casal.

O prédio deve ter uns 30 ou 40 anos, mas o interior estava bem renovado. Quarto bem espaçoso, cama boa, sem nada de cheiro de cigarro; só o carpete é inevitável. Pelo lado de fora, nada muito bonito – como é de se esperar de qualquer fachada em Atenas. O grande destaque do lugar vai para a vista de matar que se tem do terraço, onde também fica o restaurante no qual é servido o café da manhã. Seja pelas vidraças, seja pelo lado de fora, nas sacadas, dali se tem uma impressionante e inesquecível visão da Acrópole. Levei quase um susto quando saí do elevador no último andar e dei de cara com a cena da foto abaixo (olha a Acrópole lá no fundo!).
Aquele fim de tarde de sexta-feira não estava dos mais bonitos, por isso nem queríamos fazer nada antes de descansar um pouco. Nosso plano era apenas dar uma volta pelo centro à noite e escolher algum lugar com comida típica para jantar. Tirando uma rápida descida para sacar dinheiro num caixa automático das redondezas, foi o que fizemos.

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