Paris - o albergue
Tentamos obter informação, mas não conseguimos achar a tal saída 14. Escolhemos qualquer uma e pusemos os pés para fora da estação, e para dentro de Paris, pela primeira vez.
Tive que admitir, de cara, que a cidade é muito bonita. A estação estava toda enfeitada com bandeirinhas da França e os prédios ao redor eram todos muito bonitos. As avenidas, muito bem cuidadas, cheias de árvores, bem naquele estilo que se espera de Paris.
Emoções à parte, tínhamos que encontrar nosso albergue e, como era hora do rush, cada travessia de rua demorava ainda mais. Quando achamos a rua, numa esquina com o Blvd Diderot, acabamos seguindo na direção errada e andamos mais uma ou duas quadras à toa.
Depois de perceber o erro, voltamos e finalmente chegamos no nosso destino.
O tal Blue Planet parecia bem ajeitado, numa localização muito boa, com uma fachada interessante. A boa impressão, no entanto, parou por aí.
Quando nos apresentei, num primeiro momento ele disse que não havia nenhuma reserva paga em nosso nome. Mostrei o papel do comprovante do pagamento para ele, e ele admitiu que havia. Em seguida, porém, disse que só tinha 4 camas disponíveis para nós. Insisti e disse que não, eram 5 as camas pelas quais tínhamos pago, por 5 dias. Ele, entretanto, alegou que nossas reservas indicavam que chegaríamos até as 17hs e que, por isso, foram liberadas a partir daquele momento (efetivamente já eram 18hs). Disse, ainda, que nas regras da reserva estava escrito que tínhamos que ligar em no máximo meia hora em caso de atraso.
Traduzi a situação para o pessoal e todo mundo ficou meio de cara. O Rafael logo se prontificou a passar a primeira noite com o irmão num Ibis que havia na frente. Saíram até lá e até chegaram a pegar o preço (70 euros num quarto duplo), mas nesse meio tempo negociei com o cara a colocação de um colchão extra num quarto de 3 pessoas, sendo que outro teria que dormir num quarto sozinho.
A partir do dia seguinte, a combinação era a de que 3 ficariam nesse quarto do primeiro dia e que outros 2 seriam alojados num quarto de 4 pessoas - e assim se cumpriu.
Deixamos um depósito de 20 euros cada em troca de uma chave para cada um e pegamos nossas coisas para subir em direção aos quartos. Aí é que vimos que seriam 5 andares de escada, com degraus bem íngremes, para subir e descer todo dia.
Os quartos eram bem apertados. No nosso (fiquei no de 3 pessoas), havia um beliche e uma cama separada. O pouco espaço que sobrava ainda foi ocupado pelo colchão extra da primeira noite. Os lockers ficavam num canto perto da janela, e até que tinham um tamanho satisfatório. Logo descobrimos, também, que a única tomada do quarto não funcionava (mais tarde descobriríamos que nos outros quartos também era assim, talvez para "poupar" energia, hehehe).
Eu achava muito engraçado ver o Bagé (apelido do Rodrigo) falando que não tinha achado tão ruim assim. Era o primeiro albergue da vida dele e ele imaginava horrores ainda piores.
Eu peguei a cama de cima do beliche e tratei de tentar me organizar. Cada espacinho precisava ser muito bem dividido, por isso acabou sendo o lugar mais desconfortável de toda a nossa viagem.
A vista do quarto dava para a rua da frente e, no cantinho, dava para ver a própria estação da Gare de Lyon:
Comentários
Parece ser bem seguro e limpo, cada quarto tem um banheiro e o máximo de 6 camas. Nós vamos ficar em um quarto de 4 camas (o preço não é diferente.) As vezes vale a pena pagar uns poucos Euros a mais pela diária qdo se trata de um Albergue bem falado. Tenho pesquisado bastante o que as pessoas falam dos lugares que vamos nos hospedar.