De Santa Maria a Paris!

Marcamos nossa saída para uma quinta-feira, dia 17 de maio de 2007, feriado municipal aqui em Santa Maria. A idéia era "emendar" com as férias, marcadas por todos os que viajariam para começarem na segunda-feira seguinte.

Para vencer os 300km entre Santa Maria e Porto Alegre, de onde sairia nosso vôo ao Rio de Janeiro e depois Paris, no entanto, tínhamos que sair algumas horas antes de casa. Na época, minha namorada ainda morava em Porto Alegre, por isso segui um dia antes. Os demais foram de ônibus, todos juntos, e chegaram no aeroporto Salgado Filho logo depois do meio-dia.

Nos encontramos na hora marcada. Fizemos o check in sem problemas, despachando as mochilas que só voltaríamos a ver na Europa, no dia seguinte. Os pontinhos da milhagem da TAM já foram creditados no ato, hehehe.

Na época, ainda não havia caído o avião da TAM, mas os problemas relacionados à pista de Congonhas já estavam causando muitos problemas por todo o país. Esse, inclusive, foi um dos fatores levados em conta na nossa escolha por uma conexão no Rio de Janeiro.

O vôo saiu na hora marcada e não deu nem 30 minutos já estávamos desfrutando de uma cervejinha servida a bordo. Depois de uma rápida escala em Florianópolis, chegamos no horário ao aeroporto do Rio.

Eu nunca tinha ficado muito tempo no Galeão (atual Tom Jobim), mas pude ver bem como está detonadinho, principalmente na parte de check in dos vôos domésticos. Ficamos cerca de três horas por lá, meio à toa. Depois de olhar as poucas lojinhas que existem, tratamos de fazer a declaração de saída dos equipamentos importados (câmeras digitais e máquina filmadora) na Receita Federal.

Faltando alguns minutos ainda para o embarque, tomamos um último choppinho no Brasil.

O vôo para Paris também acabou saindo no horário marcado e sequer houve atraso na decolagem.
Foi a primeira vez que entrei num A330. Tendo na cabeça a imagem do Boeing da Alitalia com o qual viajei no ano anterior, achei o avião bem menor, mais apertado, mas bem mais moderninho. O sistema de entretenimento, em comparação com o do Boeing, é bem inferior. Os filmes passam em seqüência, não havendo como determinar quando eles devem começar. Tem que "pegar o bonde andando" e tentar acertar o próximo. No mais, tudo foi melhor do que na viagem do ano anterior: comida, regulação da temperatura do ar condicionado, brindezinhos como tapa-olhos e escova de dente e empréstimo de mantas para dormir à noite.
A nota tragicômica do início da viagem foi uma inesperada "dedetetização" da cabine com os passageiros a bordo. Avisando que se tratava de uma determinação das autoridades sanitárias francesas, as aeromoças passaram caminhando ao longo dos corredores esvaziando, cada uma, dois tubos de inseticidas, sob o pretexto de matar mosquitos que carregam doenças tropicais (dengue, etc). Mesmo dizendo que eram inofensivos, várias pessoas ficaram tossindo e sentindo a garganta seca, inclusive eu.

O vôo foi bastante tranqüilo, quase sem nada de turbulência. Eu, como de costume, não consegui dormir quase nada, mas tratei de aproveitar para caminhar bastante pelo avião para não ficar parado todo aquele tempo. Pela manhã, antes da maioria do pessoal começar a acordar, corri para o banheiro antes que as filas se formassem. Dei uma bela lavada no rosto e escovei os dentes para esperar o café, que efetivamente veio logo em seguida.

Logo depois do café, distribuíram os formulários da imigração francesa, coisa que eu não sabia que existia, porque na Itália não tinha sido exigido isso. Tá aí a importância de levar uma caneta, porque nessas horas ninguém tem uma sobrando.

O tempo estava nublado quando estávamos chegando em Paris. A expectativa do pessoal, principalmente dos que ainda não haviam estado na Europa, foi crescendo.

Eram pouco mais de 15hs quando pousamos no Charles de Gaulle. Caía uma chuvinha fina, que mal sabíamos que seria nossa companheira em grande parte do tempo em que estaríamos em Paris.

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