Marrocos - um pé na África
Minha viagem à Espanha para visitar o Harold estava
vinculada, desde o início, ao feriadão de Páscoa, porque seria esta a melhor
época para que ele pudesse passar uns dias fora da cidade comigo. Como não haveria
aulas no Mestrado a Semana Santa inteira, teríamos desde o sábado antes do
Domingo de Ramos até o Domingo de Páscoa para planejar uma viagem rápida para
qualquer outro lugar da região ou da Europa e, ainda assim, aproveitar os dias
do início ou do término da Semana Santa em Sevilla.
As opções eram várias: uns dias na Irlanda, conhecendo
Dublin e redondezas e aproveitando para reencontrar o Átila, outro amigo que
estava fazendo um curso de Inglês no País de Gales; uns dias na Escócia, nas
mesmas circunstâncias; uma passada pelo próprio País de Gales, onde não gastaríamos
nem com hospedagem e poderíamos ficar no Átila e, por fim, aquela que acabou
sendo a vencedora: um pulo no Marrocos.
Quase todo mundo que passa algum tempo no sul da Espanha
acaba conhecendo também um pouco do Marrocos, que é facilmente acessado por
algumas horas de ônibus, que passam por ferry boats pelo estreito de Gibraltar,
por uma sucessão de viagens de trem do lado espanhol e do lado marroquino ou,
ainda, por pouco mais de uma hora de avião.
O Marrocos parecia a opção mais diferenciada e fácil de
todas, afinal nem eu nem meus amigos jamais tinham estado no continente
africano. Quando já estávamos decididos que esse seria o destino, agregou-se ao
grupo outro amigo do Harold, o Achilles, que acabou participando também desta
etapa da viagem, enquanto estive por lá.
Marrocos é um país grande e só teríamos algo em torno de 5
dias para passear, por isso tratamos de escolher bem o foco do nosso roteiro. O
fato de estar sendo inaugurado justamente naquela semana um voo direto entre
Sevilla e Marrakesh, de apenas 1h de duração, pela Ryan Air, acabou sendo
decisivo para que nossa escolha recaísse sobre aquela cidade.
Como não havia voos todos os dias, mas apenas umas três vezes
por semana, acabamos fechando um roteiro em função das datas disponíveis:
sairíamos na segunda-feira da Semana Santa, ao meio-dia, e voltaríamos na
Sexta-feira Santa, na metade da tarde. Seriam 5 dias e 4 noites no país.
Optamos por escolher Marrakesh como local de hospedagem para todas as noites,
deixando cidades próximas como passeios de bate e volta.
No final das contas, embora não tenhamos feito qualquer
reserva prévia de passeios, tudo saiu como tínhamos planejado:
- chegamos na 2ª-feira em Marrakesh e passamos a tarde e a
noite lá, só nos ambientando;
- na 3ª-feira percorremos as atrações mais importantes de
Marrakesh;
- na 4ª-feira fizemos um bate e volta de dia inteiro a
Essaouira, uma cidade litorânea com bastante importância histórica e um visual
bem mediterrâneo, a 150km de Marrakesh;
- na 5ª-feira fechamos um passeio de dia inteiro numa
caminhonete 4x4 com um guia para cruzar a Cordilheira do Atlas, conhecer
Ouarzazate e povoados da montanha como Telouet e Aït Benhaddou, num percurso
total de uns 600km.
- na 6ª-feira, passamos a manhã em Marrakesh e no final da tarde já estávamos de volta a Sevilla em tempos de Páscoa.
É sobre essa minha primeira viagem a “terras africanas” (nem tanto assim), portanto, que os posts dos próximos dias vão tratar.
É sobre essa minha primeira viagem a “terras africanas” (nem tanto assim), portanto, que os posts dos próximos dias vão tratar.
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