Óleo de argan


Na manhã do nosso terceiro dia no Marrocos, levantamos novamente por volta das 8 horas da manhã para tomar café, com um objetivo bem definido: arranjar alguém ou algum meio de chegar até a cidade de Essaouira, a 150km a oeste de Marrakech, no litoral do país. Não foram necessários mais do que uns 2 minutos conversando com o gerente do hotel para que ele nos arranjasse um motorista de sua confiança e, por 1100 dirhams, fechássemos negócio para sairmos dali uma meia hora e voltarmos no final do dia.

Aprontamos as coisas para passar o dia fora e, com uns 20 minutos de atraso em relação à hora marcada, já estávamos saindo do hotel em direção à praça em que a van que nos levaria a Essaouira estava estacionada. Para nossa surpresa, era um veículo bem amplo, confortável e limpo, e logo vimos que fizemos bom negócio fechando uma viagem assim.

A saída de Marrakech foi relativamente rápida, já que não havia tanto trânsito. A paisagem, em compensação, não era nada muito animadora. Em meia hora estávamos os três tirando uma soneca. Apenas quando nos aproximamos de uma das duas únicas cidades no caminho até nosso destino é que tivemos alguma coisa para ver, além de terra, pedras e estrada e algumas dunas bem ao fundo.



Embora a primeira parte da viagem tenha sido em estrada simples, mais da metade do trecho entre Marrakech e Essaouira é feita em uma estrada duplicada, em bom estado de conservação e sem pedágio. Há controle de velocidade em alguns pontos, e percebemos que a maioria dos veículo tende a manter-se nos limites máximos de velocidade.

A monotonia da viagem só foi quebrada quando o motorista nos chamou a atenção para uma das cenas mais inusitadas da minha vida: cabras no topo de uma árvore. Obviamente, pedimos para parar e tirar fotos – e só depois de um bom tempo é que caiu a ficha e vimos que eles sempre devem fazer isso para que os “pastores” das cabras ganhem alguns trocados.


Cabras efetivamente sobem em árvores de argan, típicas da região (isso eu tinha lido em algum lugar, mas tinha esquecido), mas obviamente que não naquela quantidade e naquela concentração. Aquelas ali estavam no lugar só “para inglês ver” (e brasileiro também). Apesar de ser um negócio meio fake, valeu pelo inusitado e pela reação das pessoas quando veem essas fotos. (Ah, se duvidou que isso existe, joga no Wikipedia).

As árvores de argan, aliás, são outra atração da região. Muitas mulheres hoje em dia (inclusive eu recebi encomendas) sabem sobre os efeitos benéficos do óleo feito dessa frutinha, que é um meio termo entre uma castanha e uma azeitona. O óleo é tanto comestível (se feito do argan torrado) como pode ser passado na pele e no cabelo para hidratação (se feito da semente crua). Substitui um azeite de oliva, até na pizza, por exemplo.

Há várias cooperativas de mulheres que vivem da extração do óleo de argan no caminho entre Marrakech e Essaouira e, embora isso nem estivesse nos nossos planos, quando o motorista ofereceu, prontamente aceitamos a ideia de parar numa delas para uma visitação. Além da explicação sobre o processo de produção, ainda tivemos a oportunidade de fazer as compras para atender as encomendas ou para levar os souvenirs.



Já era passado de meio-dia quando finalmente vencemos aqueles longos 150km e avistamos o mar. Para nossa alegria, o céu estava mais aberto e pelo visto teríamos uma tarde bem agradável na nossa daytrip.


Comentários

Carolina disse…
André, me passa o seu e-mail , por favor. Estou precisando de algumas dicas. Obrigada!
Anônimo disse…
oi queria saber quanto custa no marracos o oleo de argan por favor

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