Comunismo

Sempre fui fascinado por questões ligadas ao comunismo, embora seja radicalmente contra a sua implantação no Brasil ou qualquer outro país vizinho. Brinco com meus amigos que, algum dia, ainda vou num aniversário do Kim Jong Il na Coréia do Norte só para ver aquelas manifestações de massa fazendo coreografias e tal.

Acho muito interessante a história de como ele foi implantado na Europa e na Ásia e de como foi a sua derrocada, no final dos anos 80.

Sinceramente, esperava ver algo sobre isso tudo nos países do leste em que já estive, mas não encontrei quase que absolutamente nada.

Os povos dos países da Europa Central nunca se convenceram, ao contrário dos russos, dos cubanos e dos chineses, que aquele era o melhor sistema para eles, a não ser o líderes dos respectivos governos. O comunismo, em muitos casos, não veio espontaneamente e, nas vezes em que se tentou derrubá-lo, sempre havia um tanque russo trancando a passeata.

O comunismo foi visto, historicamente, como uma supressão da identidade nacional desses países que, aparentemente, não sentem nenhuma saudade daquela época.

Tentei e não consegui encontrar nada de lojas vendendo coisas do tempo do comunismo em Ljubljana e em Praga.

É mais fácil ver coisas sobre e conseguir coisas a respeito do comunismo em Berlin, que ainda vive e explora turisticamente a questão do muro. O comunismo não é a nostalgia dos alemães orientais – a questão, me parece, é o “complexo de inferioridade coletivo” deles em relação aos ocidentais e a lamentação por uma via mais despreocupada e confortável que ficou para trás junto com a DDR.

Essa sensação de saudade sequer aparece (pelo menos essa foi minha impressão) nos outros países da Europa Central. A Eslovênia aparenta ser a que mais tem “nojo” desse passado recente, dentre os que visitei.

Alguns dias atrás ainda li, numa propagando de um guia da Lonely Planet, que se você quer viver uma “experiência soviética”, deveria experimentar a Bielorússia!

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