Primeiras impressões da Itália

Embora meu vôo de chegada na Europa tivesse aterrissado em Milão, não cheguei a conhecer nada da Itália naquela ocasião, porque não botei o pé para fora do aeroporto de Malpensa antes da conexão para Madrid.

A entrada pela Eslovênia, assim, significou a primeira vez que pude dizer que estava conhecendo o país.

Na minha cabeça, por sempre ter ouvido que o norte da Itália era muito mais desenvolvido que o sul, tudo teria um padrão realmente europeu naquela região do Friuli, do Vêneto e da Emilia-Romagna, regiões pelas quais passaria até Bologna e Imola. Não foi o que eu vi, entretanto.

Embora as primeiras visões de Trieste e do mar Mediterrâneo sejam bem legais para quem vem de trem da Eslovênia, logo depois começa uma parte plana e chata da viagem. Ao redor, só algumas fábricas com cara de abandonadas, algumas casas, geralmente de dois andares, bem mal cuidadas. Até ferro velho, coisa rara de se ver na Europa, deu para ver nesse percurso.

A estação de Veneza-Mestre (no continente), onde fiz minha conexão, é bem detonadinha também, apesar do aviso para não usar o banheiro do trem quando ele pára na estação (já sentiram o problema?).

Comprei um sanduíche para matar a fome e paguei os olhos da cara (coisa de 6 euros). Isso infelizmente foi só o início de uma descoberta: a Itália me pareceu um país mais caro do que a Alemanha (impressão reforçada pelas constantes reclamações de outros turistas europeus).

De Veneza a Bologna, não foi muito diferente do que tinha visto até então, mas com a leve impressão de melhor em relação à Emília Romagna (o Vêneto é que pareceu o interior mais feinho).

Na Bologna Centrale, estava um auê por já ser perto do horário de saída do pessoal do trabalho, mas não tive maiores problemas para conseguir passagem para Imola.

Na espera do trem, já fui me acostumando àquela vozinha estridente nas estações de trem que avisa "Treno in transito al binario uno (ou due, ou tre). Alontanarsi dalla linea gialla!"

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