Uruguaiana a Santa Maria - a chegada


Depois de passarmos pela Receita Federal, que na verdade fica do lado argentino da fronteira, integrada com a aduana argentina, perguntamos se podíamos atravessar a ponte internacional a pé. A resposta foi que, havia alguns meses, o tráfego de pedestres tinha sido proibido, ninguém sabia dizer direito o motivo.

Em razão disso, pegamos um táxi até rodoviária de Uruguaiana, onde chegamos por volta das 20hs. Ali mesmo, nos desfizemos dos últimos pesos argentinos que tínhamos com um cambista e tratamos logo de comprar as passagens até Santa Maria.

Havia um ônibus da Ouro e Prata logo às 22hs, e foi nesse mesmo que embarcamos, não sem antes tratar de jantar.

Essa viagem foi como se nem existisse para mim. Dormi o tempo inteiro e acordei, feliz, em Santa Maria às 5hs da manhã, com um tempo bem feio, chovendo.

Era dia 7 de janeiro de 2003. Havíamos passado 19 dias viajando e, ainda bem, tudo tinha dado certo. O primeiro mochilão, talvez a viagem que mais tenha me marcado até hoje, pelos desafios, pela inexperiência, pelas dificuldades de viajar por lugares mais pobres, acabou sem nenhum problema de saúde, de perda de bagagem, de roubo, de queima de algum filme fotográfico, nada. Dentro do que nos propusemos, perfeito.

Claro, hoje olho para trás e vejo que poderia ter aproveitado mais determinados lugares, conhecido coisas que não visitei, evitado a correria que acabou sendo o final da viagem; mas na época me senti muito satisfeito por tudo que fizemos. O que hoje é crítica àquela viagem, não tinha como ser feito na situação em que estávamos.

Inesquecível, recomendável a todos...

Nos próximos posts ainda vou fazer um balanço com relação a gastos e lições que tirei daquilo tudo; depois, começam outros mochilões (Europa, América do Sul)... mas agora vou dar um tempo porque vou passar uns 3 dias fora!

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