Domingo de descanso

Voltamos de Veneza no sábado de noite, bastante cansados, mas não o suficiente para deixar de jantar fora, hehehe. Cada noite que passei em Imola era motivo para a minha prima nos levar a um restaurante diferente, que ela e o marido (que estava viajando pros EUA enquanto ficamos lá) já conheciam.

Confesso que a viagenzinha de dia inteiro com tios, prima e afilhada não foi das mais tranqüilas. Minha afilhada só tinha 10 anos recém completos e, como toda criança, não via graça nenhuma em ficar caminhando um dia inteiro para olhar prédios velhos. Depois do episódio na praça, em que ela caiu e se sujou, ficou ainda mais irritada e pedindo para ir embora a todo tempo. Fora isso, ainda havia o "conflito de interesses" entre minha tia e minha prima de um lado e eu o meu tio do outro. Elas se interessavam mais em olhar com calma as vitrines e até experimentar alguma coisa nos vendedores de rua; eu e o meu tio queríamos mais era conhecer o máximo possível e tirar fotos legais. Quando um grupo demorava demais no seu interesse, o outro chiava, reciprocamente.

Mesmo assim, foi bastante válida a experiência. Num mochilão só, tive a oportunidade de ver como era viajar com um amigo, como era viajar sozinho e como era viajar com família - só faltou com a namorada, experiência legal que tive em outras viagens posteriores.

Depois de uma noite tranqüila de sono, tirei o domingo para descansar. Seria meu último dia antes de viajar para Milão, de onde tomaria o avião de volta para o Brasil. Ficamos em família, almoçamos em casa mesmo e à tarde, como se fosse aqui perto de casa, fomos para uma pracinha em frente ao prédio tomar mate, enquanto minha afilhada brincava de bicicleta.

Para não ter novamente os mesmos problemas que tive em Roma, reservei por telefone, com antecedência, um albergue legal na cidade, não sem antes consultar comunidades no orkut, que acabaram recomendando o La Cordata, certamente uma ótima escolha, como depois falarei, quando tratar de Milão.

Comprei antecipadamente a passagem de trem também, com uma reserva de assento, para ir tranqüilo (a estação ficava umas três quadras dali da casa da minha prima, por isso era fácil dar um pulinho e voltar).

Tratei de fazer um backup, no computador dela, de todas as minhas fotos de viagem, inclusive as gravadas em CD, para não ter nenhuma surpresa desagradável no retorno ao Brasil.

Fizemos as despedidas antes de dormir no domingo, porque meu trem sairia cedinho, e só minha prima estaria acordando para ir trabalhar.

Ter uma "base" como Imola foi essencial para que a viagem não se tornasse tão cansativa para mim. Afinal, somando tudo, foram 34 dias de viagem, dos quais apenas 21 com um amigo mochilando junto. Certamente teria aproveitado bem menos o final da viagem, por cansaço, se não tivesse essa possibilidade de voltar e me sentir meio "em casa" a cada pouquinhos dias.

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