Già sei in Svizzera!
O trem para a Suíça saiu por volta das 8 e pouco da manhã. O primeiro trecho da viagem, através da região metropolitana de Milão, não foi muito interessante. De notável, apenas o fato de passar por Monza, que é a cidade onde se disputa o GP da Itália de F1.
O trem tinha bem pouca gente e a maioria foi descendo nas intermináveis paradas ao longo do caminho. Quando finalmente parou no fim da linha - a fronteira - no meu vagão não havia mais ninguém senão um senhor dormindo.
Meio confuso (não sabia que haveria troca de trem na fronteira) desci e segui o fluxo das poucas pessoas que desceram de outros vagões. Todo mundo passou reto por um posto de fronteira que, na verdade, era apenas uma estação de trem prolongada, com o lado de cá italiano e o lado de lá Suíço.
Andei mais um pouco e comecei a ver umas placas indicando a aduana e a migração. Voltei um pouco e perguntei para uns guardas italianos onde fazia a imigração para a Suíça. Indicaram-me uma janelinha no final de um corredor.
Cheguei lá e perguntei, timidamente, como fazia para entrar na Suíça. O cara me olhou e disse: "Ma, già sei in Svizzera!!!" (Já estás na Suíça).
Perguntei se, sendo brasileiro, não tinha que fazer alguma coisa, carimbar o passaporte, mas o cara, seguro de si, respondeu que ali não precisava de carimbo... Fiquei meio cabreiro, mas tudo bem...
Parei na casa de câmbio que havia no caminho e troquei uns 30 euros em francos suíços. A taxa de câmbio saiu uns 2 euros, pelo menos - ou seja, um baita preju.
Atravessada a "fronteira", do outro lado havia um trem da SBB, a companhia estatal suíça, esperando para seguir viagem.
Dali começou a parte mais bonita daquela curta viagem. Praticamente o tempo todo, até Lugano, havia lago de um ou do outro lado da estrada de ferro - às vezes dos dois lados. Ao fundo, montanhas crivadas de casinhas de cima a baixo (nada parecidas com favelas, hehehe).
Saí da estação, que fica numa parte bem alta da cidade, e já pude ver um pedacinho do que me esperava lá embaixo.
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