Milão - passeios rápidos
Fui caminhando do albergue até o centrão da cidade - a Piazza Duomo. No caminho, sem o peso da mochila nas costas, pude perceber bem melhor a cidade. Milão parece que não tem nada a ver com as demais cidades da Itália que até então eu tinha conhecido. É bem mais "européia", no sentido de parecer mais com o que se espera de um lugar mais desenvolvido. Lembra mais um lugar francês do que italiano, pelo menos na imagem que eu tinha na cabeça.
Chegava rir sozinho quando via pessoas estilosas na rua, com cara de modelo, tanto homens como mulheres, usando aqueles óculos gigantes de marca e casacos que tinham jeito de custar pelo menos uns 1000 euros. Nunca vi um lugar em qualquer outro lugar da Europa em que as pessoas andassem tão bem vestidas na rua. A cidade faz jus à fama ligada à moda.
Quando cheguei na Piazza, a decepção com o fato de o Duomo estar em obras foi inevitável, mas mesmo assim fiquei muito surpreendido com a catedral.
Como na maioria dos lugares católicos, a entrada é de graça, mas a subida na torre e a visita à parte onde ficam guardadas as "relíquias" não. Não estava muito a fim de pagar, por isso me contentei com o interior do templo em si.
Do lado de fora, dei uma olhada melhor na praça em si, que estava bastante tranqüila àquele hora, embora tenha fama de concentrar muita gente, inclusive batedores de carteira. Rumei para as galerias Vittorio Emanuelle, logo ao lado do Duomo, conhecidas como o lugar mais chique de todos para fazer compras.
As galerias, na verdade, são quatro trechos de rua inteiramente cobertos, só para pedestres, que se encontram numa esquina onde ficam as lojas mais famosas de todas: Prada, Luis Vuitton, uma outra que não lembro e, pasmem, um McDonald's. Um mau gosto terrível, na minha opinião, misturar marcas de grifes com um fast food, mas comecei a perceber que os italianos, ao contrário do resto dos europeus, parecem ser muito baba-ovo de americano mesmo...
Dei uma volta pelas galerias, obviamente só olhando vitrines (e me sentindo pela primeira vez muito mal vestido para passear numa cidade européia), e saí do lado oposto ao da praça, numa outra pracinha em cuja frente fica o famoso teatro Scala de Milão, que é esse da foto abaixo (bem simplesinho por fora, por sinal, apesar do nome pomposo).
A entrada no castelo é de graça. Lá dentro, há várias mostras sobre a história da cidade, desde o tempo em que os romanos a chamavam de Mediolanum, passando pela época em que era toda amuralhada (num formato que, de cima, lembra um coração) até os tempos atuais.
Há várias "camadas" do castelo que se vai passando, para depois chegar-se à parte detrás dele, que dá para o Parco Sempione, outra das atrações da cidade.
A viagem é bem longuinha e, da estação do metrô até a entrada do estádio, há uma bela caminhada (mais de um quilômetro) por uma avenida toda arborizada - isso para quem quer economizar e não gastar um euro no bonde que passa por ali.
Cheguei na frente do estádio e bati de cara na porta. A visitação havia se encerrado cerca de uma hora antes. O jeito foi se contentar com uma fotinho do lado de fora e pegar o rumo do albergue.
Comentários
(renata_piva@hotmail.com)
Em Florença e Veneza, não dormi nenhuma noite. Em Roma, fiquei num B&B que foi o pior da minha vida.
Aconselho dar uma procurada no HostelWorld e se orientar pelos comentários dos viajantes que passaram por lá...