Roma - fim do segundo dia

Depois da visita à Basílica de São Pedro, saí da região do Vaticano com o objetivo de ir parando nas estações de metrô até o albergue em que houvesse alguns dos pontos turísticos mais importantes, que até então não tinha conhecido - e que não teria muito tempo para ver no dia seguinte, que já seria meu último na cidade.

Os tickets simples de metrô têm validade de 45 minutos ou uma hora, não lembro bem, mas minha idéia era descer em pelo menos uma delas com um ticket e seguir para a próxima, sem precisar comprar outro.

O que fiz foi embarcar na estação Ottaviano, perto do Vaticano, e descer na Flaminio, ao lado da Piazza del Popolo. Essa praça, uma das mais famosas de Roma, não tem muito o que ver, a não ser por um obelisco (que estava em reforma) e duas cúpulas gêmeas em cada saída da praça, que tem um formato redondo.

Era hora do rush (tipo umas 19h00) e parecia que ninguém parava ali, só passavam correndo de um lado para o outro.

Como não achei nada de interessante, segui em apenas alguns minutos de volta para o metrô. Saltei logo na estação seguinte, a Spagna.

Ao lado dessa estação, fica um dos pontos mais famosos na cidade: as escadarias da Piazza di Spagna. É um lugar onde grupos de jovens locais, não turistas) vão para ficar conversando, sentados na escadas, olhando quem passa, namorando ou até mesmo bebendo alguma coisa. Fui na melhor hora que há para sentir o clima do lugar: o fim de tarde.

Como se vê na foto acima, estava cheio de gente, mas a vista não era das melhores, porque as torres da igreja da Trinità dei Monti estavam em reforma.

Não vale muito à pena subir até lá em cima, porque não dá para ver muita coisa. O legal mesmo é ficar aproveitando para ver quem passa e dar uma descansada naqueles degraus.

Foi lá na parte de cima que caí numa conversa mole de que um grupo estava organizando um abaixo assinado contra as drogas e não sei mais o quê e, depois de assinar o tal documento, mostraram que aquilo era um compromisso de fazer uma colaboração para um projeto deles. Pego de surpresa, fiquei constrangido por ter caído fácil nessa e puxei 5 euros da carteira para me livrar sem maiores constrangimentos.

As ruas ao redor da Piazza di Spagna concentram as lojas mais chiques da cidade, com as famosas marcas italianas. É uma parte que lembra Paris ou Milão - bem diferente da região mais "romântica" do centro antigo ou da parte clássica ao redor das ruínas romanas.

Em razão da hora, estava quase tudo engarrafado, obrigando cada travessia de ruas a se tornar um zigue-zague entre carros.

De lá, fui caminhando por essa região até a Fontana di Trevi, outro dos pontos mais famosos (conhecido por ter aparecido no filme La Dolce Vita.

Foi um dos lugares mais irritantemente cheio de turistas em que já estive.na vida. Simplesmente era impossível tirar uma foto em que aparecessem só eu e a fonte. Os turistas formam quase que filas em cada ponto ao redor da fonte para terem a vez de aparecer numa foto. E tudo demora um pouco mais, porque dezenas de japoneses ficam repetindo o ritual de virar de costas para atirar uma moedinha na fonte. Segundos depois, menininhos ciganos pulam lá dentro para pegar as mais graúdas. Dizem que dá sorte... talvez pros ciganos.

A fonte é a mais famosa de várias que existem na cidade. Funcionava como um ponto de água pura para os cidadãos, inaugurado pelo governo local com muita pompa. Por governo local, leia-se o Papa, na época em que a Igreja governava todo o centro da Itália.

Já estava anoitecendo quando cheguei na fonte e dali decidi seguir para o albergue a pé. É um pouco confusa essa parte da cidade, pois há alguns túneis por baixo de um morro e algumas ruas que dão em cruzamentos com três opções para seguir adiante. Olhando no mapa, consegui me achar e chegue até a Piazza della Repubblica, a poucos metros da estação Roma Termini, minha referência para o albergue.

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