De Roma a Firenze

Depois de três noites em Roma, levantei bem cedinho na sexta-feira de manhã para ir até Firenze e, de lá, no final do dia, voltar para Imola.

A vinda foi bastante cansativa no trem (um Intercity), com muitas paradas ao longo do caminho. Por isso, na volta, decidi pagar um pouquinho mais para ir de Eurostar - minha única viagem nesse tipo de trem até então.

O trem saiu na hora marcada (coisa rara na Itália) e o público que o estava usando era realmente bem diferente daquele que se vê nos Intercity da vida. Muitos executivos indo para Bologna e Milão, de terno, trabalhando em seus notebooks (os bancos têm mesinhas com tomadas para eles) e umas peruas bem vestidas. Estudantes, até havia alguns, mas eram poucos.

O "investimento" se revelou compensador, porque em cerca de uma hora eu já estava em Firenze. Não há tanta diferença em conforto, porque o sistema é aquele maldito de banco de frente para outro banco, obrigando a pessoa a ficar de cara a cara com outro passageiro, mas o tempo compensou.

O dia estava muito bonito, sem nenhuma nuvem no céu. Cheguei em Firenze por volta das 9h e pouco da manhã e logo tratei de arranjar um lugar para guardar minha mochila grande, já que não dormiria na cidade. Paguei uns 3 euros e alguns centavos, na estação mesmo, para deixar a bagagem.

Ah, em tempo: Firenze tem mais de uma estação, mas a mais próxima do centro é a Santa Maria Novella (muitas vezes identificada como Firenze S.M.). A estação tem esse nome por causa da igreja que fica na sua frente (essa da foto).
Ao lado da igreja, fora da estação, mas bem do outro lado da rua, fica o ponto de informações turísticas. Ali consegui um mapa decente da cidade (esses que vêm no Lonely Planet geralmente são insuficientes).

Dali, me pus a caminhar. As principais atrações da cidade não são muito distantes uma das outras, por isso não é necessário nem se preocupar com transporte público.

OBSERVAÇÃO: Se for pousar alguma noite lá, é praticamente impossível conseguir albergue ou hotel na hora. Tem que reservar com muita antecedência. Pelo menos umas duas ou três pessoas me pararam ao redor da estação de trem, tanto na ida como na volta, perguntando se eu sabia onde havia algum lugar para dormir com vagas. Contavam que já tinham tentado de tudo e não tinham conseguido nada.

A cidade não é muito grande, mas proporcionalmente suas atrações são muito mais numerosas do que Milão, por exemplo, a segunda maior cidade italiana. A rede hoteleira não acompanhou isso e o prejuízo para o turista e mochileiro é evidente.

Comentários

Anônimo disse…
Você poderia me dizer quanto é o intercidades de Roma para Firenze?
A. A. Cella disse…
IC está saindo hj por 30 euros, só ida. Frecciarossa sai 45 euros, ambos em segunda classe.
Cotações em Trenitalia.com
Anônimo disse…
Muito Obrigada!

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