Lago Titicaca e Copacabana
Saímos de La Paz por volta das 9hs da manhã, com direção a Copacabana. Logo depois de um início monótono, começam paisagens muito legais ao longo da estrada, à medida que se chega perto do Lago Titicaca.
O Titicaca é o lago navegável mais alto do mundo. Tem 8.300km² e é o segundo maior da América Latina. Fica na fonteira entre Peru e Bolívia, sendo lar de várias culturas pré-colombianas. É bastante conhecido pelas ilhas artificiais construídas pelos índios Uros, habitadas até hoje - maior atração turítisca local.
Antes de chegar a Copacabana, tem-se que descer do ônibus para atravessar a balsa sobre o Estreito de Tiquina. Geograficamente, Copacabana fica do lado peruano do lago, numa península que aponta para a Bolívia. Por isso, cruza-se o Titicaca no seu ponto mais estreito (cerca de 780m). O preço da passagem da balsa não está incluído na passagem do ônibus. Como a operação demora cerca de 1 hora, pode-se aproveitar para fazer lanches.
Um pouco antes do meio-dia, chegamos a Copacabana.
A cidade fica bem na beira do lago e é realmente muito bonita. Há uma enseada, de onde saem barcos de passeio, e um morro ao lado, com uma bela vista do lago, onde fica um cemitério.
Logo que chegamos, chamou-nos a atenção o fato de haver vários casais vestidos para o casamento. Pesquisando na internet o motivo dessa preferência nacional, descobri que, antes dos espanhóis, a cidade se chamava Copakawana, que era justamente o nome da deusa da fertilidade, equivalente andino da Vênus ou Afrodite. Tá explicado!
Almoçamos muito bem aquele dia. Trutas eram a especialidade o restaurante.
Logo em seguida, fizemos o passeio de barco até a ilha do Sol, a alguns km lago adentro. No barco, muitos estrangeiros tinham o mesmo objetivo. Embora seja quase frio, em razão do vento e da altitude, o sol é bem forte e é melhor se proteger.
A ilha do Sol foi ocupada há centenas de anos e era usada para rituais religiosos e para plantações. Isso é que fez os índios construírem terraços por todos os lados, como na foto abaixo (veja duas llamas no detalhe).
A subida pelos terraços foi bastante cansativa, tanto em razão da altitude como pelo fato de que não tínhamos onde deixar as mochilas, já que não dormimos na cidade. O objetivo era fazer algum passeio e cruzar a fronteira peruana ao entardecer. Mas a vista compensa!
Ao redor da ilha, há barcos típicos da região, como o que aparece na foto.
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