Chegando em Viena

Chegando na Südbahnhof, começamos o ritual de procurar quiosques de informações turísticas e tentar recolher todo o material possível sobre a cidade. Assim como ocorrera com Munique, não tínhamos nenhum guia de viagem sobre a cidade, que só entrou nos nossos planos porque estava no caminho até Budapeste.

As dificuldades de encontrar alguém, especialmente se for mais velho, que soubesse falar inglês (ou outra coisa que não alemão) são ainda maiores em Viena do que em Munique, com o adicional de as pessoas parecerem ligeiramente mais antipáticas. Ainda que algumas perguntas saíssem em inglês, as respostas voltavam em alemão.

Estávamos morrendo de fome. No trem, vindo de Praga, tínhamos comido apenas umas baguetes compradas no mercadinho de um chinês ao lado do albergue, pouco antes de embarcar. Lanches em trens são geralmente muito, mas muito caros mesmo. Para se ter uma idéia, um copinho de café não costuma sair menos de 3 euros.

Tratamos, portanto, de encontrar alguma coisa para comer. Foi por acaso que compramos um tipo de crèpe que estava muito, mas muito bom. Acabamos comendo outro logo em seguida.

Alimentados (um pouco), começamos a ver como faríamos para chegar até o albergue. Tínhamos uma reserva de uma noite para o Wombat's, o mais famoso da cidade e considerado um dos melhores da Europa nos rankings do HI.

Viena tem uma coisa muito irritante com relação ao transporte público: a estação de onde partem e chegam a maioria dos trens internacionais, a Südbahnhof, não é interligada ao resto do sistema por metrô (U-Bahn), apenas por bondes.

A nossa referência do Wombat's, que fica no bairro de Mariahilf, era a Westbahnhof. Para chegar lá, tivemos que sair na rua e encontrar o bonde certo que ia naquela direção.

Pegar bonde não é tão fácil como metrô, ainda mais quando tudo é em alemão. Assim como ônibus urbanos, não dá para saber direitinho em que ponto descer e nem se consegue muitas vezes ver com clareza o nome de cada parada. Tem ainda a questão do sentido: pegar o que vai para um lado ou o que vai para o outro? Não há mapas claros mostrando a rede de bondes.

Depois de uma conversa com um velho imigrante de algum país árabe, conseguimos pegar o bonde certo. É bem pinga-pinga e são umas 12 paradas entre uma estação de trem e a outra.

Finalmente chegamos na Westbahnhof e pegamos a avenida Mariahilferstrasse.

Só então é que nos demos por conta de que existiam 2 albergues Wombat's em Viena: o mais tradicional (Wombat's - The Lounge), que fica nessa mesma avenida, a apenas 2 quadras da estação, e o nosso, umas 4 quadras adiante (Wombat's - The Base), havendo a necessidade de dobrar em 2 esquinas, até a Grangasse.

É claro que o nosso era o mais longe. Só quando tentamos fazer o check in no primeiro é que percebemos o erro.

A pernada não foi tão curta, porque as quadras são relativamente grandes. Era meio-dia recém passado e chegamos a suar no caminho, embora o clima fosse agradável.

Chegando no albergue, uma boa surpresa. O lugar é realmente muito legal, com uma área de uso comum bem massa, recepção atenciosa, quartos limpos, com banheiro privativo (4 pessoas em cada quarto). Recomendo mesmo.

Ajeitamos nossas coisas, tomamos um banho e cerca de uma hora depois já estávamos prontos para conhecer a cidade em que menos tempo ficaríamos.

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