Barcelona - parte VI

PARC GÜELL

Depois de pelo menos duas horas conhecendo a Sagrada Família, decidimos ir para o Parc Güell, para aproveitar o ticket conjugado que dava direito a visitar a Casa de Gaudí, naquele parque.

Pegamos o metrô e descemos na estação Vallcarca e de lá fomos caminhando até o parque, o que dá uma boa pernada. Quando estávamos chegando pertinho, vimos uma cena pouco usual em outras cidades: uma rua aparentemente sem saída, com uma escada rolante ao fundo, ao ar livre. Era o caminho para a parte mais alta do Parc Güell, uma entrada por trás dele, que dá direto na parte conhecida como Calvário.

DICA: essa é a melhor parte para se começar, embora a entrada oficial e mais bonita seja pelo outro lado. Como é a parte mais alta, começa-se direto por ela e depois é só descer até a saída, de onde se pega outro metrô pela estação Lesseps. Fazer o caminho inverso é cansaço ou desistência na certa.

A primeira parte que conhecemos não tem nada a ver com aquela face mais conhecida do Parc Güell, com os mosaicos de ladrilhos. É um morro cheio de caminhos ajardinados ao redor, que leva a um cume onde existe uma espécie de plataforma onde há 3 cruzes, simbolizando o local onde Cristo foi crucificado - daí o nome Calvário.

Lá de cima, tem-se vistas muito boas da cidade. Nas fotos abaixo, a vista da cidade em si, sobressaindo-se a Sagrada Familia e aquele prédio num formato fálico muito suspeito (esq) e na outra, a vista para o lado onde fica o Tibidabo (dir):

Depois de subir nessa parte das 3 cruzes, fomos descendo pelas trilhas até a parte mais conhecida do parque. Tudo parece meio pré-histórico, e essa era mesmo a intenção do arquiteto, já que no local foram encontrados fósseis algumas décadas atrás. A vegetação (umas palmeiras e umas samambaias gigantes) lembra aquelas de florestas pré-históricas e os arranjos em pedras também dar um ar meio Flintstone a tudo.
No final, nos deparamos com aquela que é a parte mais conhecida: os bancos ondulados cobertos de mosaicos, na praça central do parque. Também para quem viu o "Albergue Espanhol", esse foi o lugar onde o Xavier levou a mulher do médico para passear e acabou a beijando.

Os banquinhos são disputados, mas demos sorte logo de cara e conseguimos um. Aproveitamos para fazer um lanchinho, já que até então não tínhamos almoçado.
Daquela parte se vêem as principais construções do Parc Güell, que foi projetado pelo Gaudí para ser um conjunto de casas, entretenimento e serviços, mas que ficou pela metade. O nome do parque é o do empresário para o qual ele trabalhava: Eusebi Güell.

Em seguida, fomos na casa onde Gaudí morou por cerca de 20 anos, perto da praça principal do parque. Confesso que não achei nada muito interessante; não passa de um museu com objetos pessoais e algumas obras de arte que não chegam nem perto das construções do cara. Se não fosse pela entrada conjugada com a Sagrada Familia, teria sido dinheiro meio desperdiçado.

A Casa de Gaudí já fica mais baixa, no nível do portão de entrada e saída do parque, abaixo dos bancos ondulados. Ali também está o símbolo do parque: o lagarto de mosaico, que foi depredado em fevereiro de 2007 por uns punks vândalos, mas que já foi restaurado:

Na foto abaixo, uma visão dos bancos ondulados acima dos portões de entrada:

Na saída do parque, ainda compramos um sorvete para a caminhada até a estação Lesseps. Não há nenhuma muito perto do parque, por isso é bom estar preparado. São pelo menos umas 6 quadras. Se fizer o caminho inverso do que fizemos, vai ser tudo subida, o que piora ainda mais.

CAMP NOU

Da estação Lesseps, pegamos um metrô com o objetivo de ir até o Camp Nou, o estádio do Barcelona FC. Como a estação mais próxima do estádio, a Palau Reial, fica na mesma linha que passa na Lesseps (linha 3, verde), e como haviam pelo menos umas 14 paradas até lá, fiquei a vontade para descansar um pouco e deixei o Rafael encarregado de cuidar quando chegássemos no destino.

Não deu outra: com o cansaço, nós dois dormimos ferrados por uma meia hora e acordamos com o trem já parado, vazio, na estação final (Zona Universitaria). Com o susto, acordei o Rafael e tentei entender o que tinha acontecido. Saímos para fora, vimos que estávamos naquela estação e percebemos que era só voltar uma que estaríamos perto do estádio. Ainda meio zonzos de sono, subimos por uma escada para ir para o outro lado, pegar o trem no outro sentido, mas acabamos voltando para o mesmo, sem perceber. Vendo aquilo, a condutora do trem veio até nós avisar que aquele era o mesmo em que nós tínhamos chegado e que deveríamos pegar o outro. Bota perdido, hehehe...

Chegando na estação certa, descemos e fomos caminhando até o estádio. Não é tão longe, mas as quadras são bem compridas. Há um cemitério e um baita estacionamento no caminho. Quando chegamos lá, fomos direto nos informar sobre como era para conhecer o interior do estádio. Como em quase tudo que é lugar, tem que comprar uma entrada para um tour guiado, e demos sorte de ainda não ter fechado.

Na bilheteria, achei engraçado quando o Rafael perguntou se o vendedor conhecia a camiseta que ele estava usando, do Inter, que seria o time que enfrentaria o Barça em Tóquio naquele ano. O cara disse que não, mas que conhecia o Grêmio, por causa do Ronaldinho!

O Camp Nou é enorme. Se não me engano, em capacidade de público é o maior da Europa. É bem mais aberto do que o Santiago Bernabéu.

Na parte de dentro, muitos setores ainda estavam meio encharcados por causa daquela chuva que havia alagado tudo alguns dias antes. Mesmo assim, pudemos conhecer vestiários, capelas dos jogadores, sala de hidromassagem, de treinos, etc.

No final do tour, o museu dos troféus, com a peça mais importante para eles em destaque: a taça da Champions daquele ano:

Na saída do museu, uma exposição de fotos sobre o time, entre as quais essa aí, que achei muito massa:

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