Ida para Toledo

Depois da tourada de domingo à tarde e do pub crawl à noite, amanhecemos nosso último dia em Madrid. Logo depois do café da manhã, fizemos o check out do albergue e seguimos de metrô até a estação de Atocha. Como tínhamos comprado um abono turístico só de 3 dias (não havia de 4, só de 5), tivemos que comprar bilhetes avulsos de metrô até lá (1 euro cada).

Atocha é a estação de trens e de cercanías mais importante da capital espanhola. Talvez tenha sido exatamente por isso que tenha sido escolhida como o principal alvo do maior atentado terrorista ocorrido no país nos últimos tempos: os atentados do 11-M (11 de março de 2004). Ali morreram mais de 100 pessoas e outras centenas ficaram feridas em razão das 3 bombas que explodiram bem na hora que chegavam na cidade para trabalhar (7h40 da manhã).

Por uma trágica coincidência, era exatamente 11 de setembro (de 2006) esse dia em que estávamos lá!!!

Há algumas placas em memória dos falecidos no atentado, mas a estação está plenamente recuperada. A conseqüência que ficou daquele dia foi um reforço na segurança, que tornou as estações parecidas com aeroportos, nessa matéria. Os guarda-volumes são monitorados por dispositivos de segurança e se tem que passar por raio-x para entrar e sair da sala com os lockers eletrônicos onde se pode deixar a bagagem.

Como nosso plano era ir a Toledo, voltar à tarde e no final do dia pegar um avião para Ibiza, deixamos nossas mochilas maiores num desses guarda-volumes por cerca de 3,50 euros. Ficamos só com as nossas mochilinhas de passeio e fomos comprar passagens para Toledo.

Compramos as passagens nas máquinas eletrônicas, sem maiores dificuldades. Para esse tipo de viagem, usa-se os trens da companhia ferroviária nacional, a RENFE. Para nossa sorte e surpresa, havia 7 meses tinham inaugurado uma linha de alta velocidade ligando Toledo e a capital, o que fazia com que a viagem durasse apenas meia-hora, de uma estação à outra. O custo foi de uns 14 euros, ida e volta (uma passagem só), para cada um.

Os trens, super-modernos, também eram muito confortáveis e silenciosos. Nem deu tempo para ver muita coisa e já estávamos chegando no nosso destino.

A estação de trens de Toledo já mostra em que tipo de cidade estávamos chegando. Toda antiga e bem preservada (mas com tanta segurança quanto a de Atocha), a estação reflete o cuidado que se tem com a história na cidade.

Da frente da estação, pegamos um ônibus urbano até o centro da cidade. Não vale a pena tentar ir a pé. Além de relativamente longe (uns 2,5km), tem-se que passar por estradas relativamente movimentadas, pontes e fortes subidas, tudo sob um sol de rachar. O bilhete não custa mais do que 1,50 euro. O ônibus pára na estação rodoviária e depois de um zigue-zague, entra na parte amuralhada da cidade, chegando até a praça central, onde descemos e começamos nosso passeio do dia.

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