La isla bonita

Quarta-feira de manhã. Mais descansados por não termos nos estendido na noite anterior, acordamos bem cedinho para fazer um passeio pela costa oeste da ilha.

Quando saímos para tomar o mega café da manhã, vimos que o dia tinha amanhecido perfeito, sem nenhuma nuvem no céu.

Chinelinho no pé e mapa na mão, tomamos o rumo de Port des Torrent, direção contrária ao caminho usual para Eivissa. Ao final da avenida beira-mar, sofremos um pouco até encontrar o caminho para seguir adiante pela costa, já que só havia algumas ruazinhas que entram numa área com alguns sítios, de largura suficiente para um carro só.

O primeiro lugar em que paramos foi a praia de La Bassa, que tem a bela e surpreendente vista da ilha de Sa Conillera, que aparece na foto abaixo.

Caminhamos pelos bancos de corais que existem por ali e fomos até a Punta de Sa Torre, de onde efetivamente foi tirada a foto acima.

Depois, pegamos o carro e trouxemos mais para o lado de Cala Comte, onde também demos umas voltas.

A estrada, na parte que se seguiu, começou a mostrar que o dia seria cheio de vistas de cair o queixo. Começamos a passar por umas partes mais cheias de casas, muitas com cara de condomínio fechado, quase sempre à beira de penhascos, com uma vista das praias lá embaixo.

Para chegar a cada uma delas, tem-se que sair da estrada principal e pegar uma entrada secundária, que depois de um zigue-zague descendo o morro até a areia, finalmente atinge a praia.

Descemos em Cala Tarida e o carro entrou na reserva do combustível. Olhamos no mapa e descobrimos que o posto de gasolina mais próximo ficava em Sant Josep de sa Talaia, uns bons km dali.

O jeito foi sairmos da rota das praias e dar uma esticada até a cidadezinha para abastecer. No caminho, uma paisagem de morros cobertos por pinheiros e, nas partes mais planas, oliveiras. Muito show.

Já reabastecidos, voltamos ao roteirinho das praias. A seguinte foi Cala Vedella. Para chegar lá, tivemos que pedir informação no caminho e uma senhora (que só falava alemão!) conseguiu se fazer compreender e indicou o caminho certo.

Depois, passamos por Cala d'Hort, uma das mais bonitas de todas.

Depois de ver uma praia mais bonita do que a outra, achávamos que já tínhamos visto tudo, mas ainda faltava chegar perto de uma imagem que tínhamos visto na agência em que locamos o carro: Es Vedrà, umas ilhas rochosas incríveis, bem no cantinho da ilha.

Chegar lá não foi fácil. Não há sinalização e tem-se que sair do asfalto e pegar umas trilhas de areia pelo alto de uns morros. Em alguns pontos, tivemos a impressão de estar até mesmo invadindo propriedade particular. Não havia nenhum movimento da região toda. Mas mesmo assim seguimos adiante, até que chegou um ponto em que avistamos o topo das rochas e deixamos o carro, porque não havia como seguir adiante. Caminhamos um pouco e tivemos a vista que mais me marcou em toda aquela viagem: as ilhas de Es Vedrà e Es Vedranell:

Ali mesmo, da pontinha da ilha de Ibiza chamada Cap Blanc, foi só virar para o lado para ter outra vista muito legal:

São vistas de tirar o fôlego. O clima perfeito, ninguém por perto, nenhum barulho e tudo aquilo lá embaixo. A água, cristalina, deixava ver areias brancas e rochas dentro do mar. Achava que isso só existia no Caribe ou nas ilhas gregas, mas naquele dia descobri que não. Muito massa mesmo.

Já passava do meio-dia e, depois de uma meia hora por ali, seguimos viagem. Descemos até Es Cubells e pegamos a estradinha que sobe até Cap Llentrisca pelo lado leste. Depois, decidimos que já era hora de almoçar em Eivissa.

Aquele passeio valeu muito a pena. Eu jamais pensaria, antes de ir até lá, que uma ilha famosa pelo agito tivesse lugares tão tranqüilos e bonitos, muito bem preservados. Não é à toa que é cheio de casas de gente que, depois que se aposenta, decide vir morar naquele lugar.

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