Barcelona - parte X

CIUTAT VELLA

No domingo pela manhã, acordamos um pouco mais tarde do que nos dias anteriores. Depois do café, saímos meio sem rumo com o objetivo de conhecer melhor a parte velha da cidade de dia, coisa que até então não tínhamos feito.

Ciutat Vella é o nome pelo qual é chamado o conjunto dos bairros mais antigos da cidade, na parte histórica: El Raval, Barri Gòtic, Barri de la Ribera e Port Vell.

Do nosso albergue, no Raval (que não tem muita coisa para ver a não ser o mercado público) fomos em direção às Ramblas (Les Rambles, em catalão). O movimento era grande e havia muito mais tendas vendendo de tudo, meio que num estilo brique. Mesmo assim, não chegava a ser lotado. Acho que pela primeira vez tivemos a oportunidade de ver mais pessoas locais do que turistas andando naquela região!
Dali, seguimos para a Plaça Reial, de onde entramos no Barri Gòtic, por uma das passagens entre os prédios que rodeiam a praça. Fomos andando até a Catedral de Barcelona, que estava com a fachada frontal toda em obras, impedindo uma foto mais legal. Essas que aparecem abaixo são da torre e da lateral do prédio.

Numa outra igrejinha ali por perto (se não estou enganado, era na Igreja de Santa Maria del Pi), havia tipo uma quermesse, com pessoas vendendo alimentos dentro da igreja. Entramos, demos umas voltas, e quando saímos, vimos que estava chegando uma banda tocando musiquinhas folclóricas locais, andando como se fosse uma procissão.



Lá pelas tantas, os velhinhos que estavam por ali começaram a fazer umas rodas e a dançar com os braços para cima, numa dança que depois descobri se chamar "Ball de la Sardana".

Esse é o tipo de coisa que só acontece num domingo e que te pega totalmente de surpresa. Quem diria que, sem querer, pararíamos no meio de uns festejos reliogiosos típicos do lugar.

Na praça em frente à igreja, havia também uma feirinha de domingo, onde aproveitamos para experimentar de tudo um pouco (queijos, bolos, frutas...). Sempre tem oferta grátis se você aparenta ter a intenção de comprar alguma coisa ou demonstra curiosidade por algo. Uma boa dica para os mais pão-duros economizarem, hehehe.

Logo depois de uma avenida larga, que contrasta com as ruazinhas estreitas do bairro gótico, começa o Barri de la Ribera. Parece uma continuação do anterior, com a mesma aparência. Nele fica o Museu do Picasso, onde fomos.
Sinceramente, achei que não valeu muito a pena. Eu, que não entendo nada de história da arte, esperava ver algumas pinturas mais famosas e tal, mas ali a exposição se concentra no início da carreira do pintor, mostrando especialmente desenhos, rascunhos e objetos pessoais, além de estudos de obras famosas de outros pintores pelo próprio Picasso. O preço era bem salgado, mas não lembro quanto...

Quase no fim de La Ribera, fica o Arc de Triomph, que é esse que aparece na foto.

Ali perto do Arco, fica uma das estações rodoviárias de Barcelona. Tínhamos a informação de que lá conseguiríamos saber alguma coisa sobre a possibilidade de um passeio a Andorra ou a algum outro lugar. Queríamos fazer algo fora da cidade, na região, mas ainda não tínhamos nos decidido. Fomos convencidos de que Andorra é um lugar onde o pessoal só vai para fazer compras e que não haveria muito o que fazer ou ver por lá fora do inverno, quando existe a opção de esquiar nas montanhas ao redor da cidade. Sugeriram Montserrat, que é um convento em cima dumas montanhas rochosas, bem pertinho da cidade, que foi o que acabamos escolhendo para fazer no dia seguinte. Compramos um passe que conjugava metrô, trem suburbano até Montserrat e as subidas de teleférico até o local onde fica o centro de peregrinação no meio das montanhas.

Como já havia passado do meio-dia, voltamos um pouco no caminho até La Ribera, para catar um restaurante daqueles que tínhamos visto perto do Museu do Picasso. Entramos em um que pareceu ter um menu interessante e não nos decepcionamos: eu peguei um baita filé de salmão com uns acompanhamentos bem legais, por cerca de 9 euros, e o Rafael um tipo de lula chamado, em castelhano, de "sepia", que também era bem bom, pelo mesmo preço. Olha a tal da sépia na foto:

Comentários

Anônimo disse…
Oi, tudo bem? Quero visitar Montserrat no mês que vem. Vale a pena comprar o bilhete VISITA (que dá direito a almoço, subida de funicular, todas as atrações do Mosteiro e 10% de desconto nos funiculares San Joan e Santa Cova? Quanto tempo leva para visitar o mosteiro?
A. A. Cella disse…
Eu comprei um bilhete conjugado que tinha o nome "TRANSMONTSERRAT", que incluía Trem e Metrô de Barcelona atá lá, ida e volta + Funiculares + Teleférico + acesso ao espaço audiovisual. Custou 14 euros e para nós foi suficiente, valeu muito a pena. A entrada na igreja principal é de graça. Não quisemos pegar a opção com almoço e com mais visitas porque tínhamos um vôo no fim da tarde.
Acho que umas 4hs por lá são suficientes para conhecer a cidadezinha e percorrer algumas trilhas pelas montanhas. Não deixe de ir, porque é bem diferente de tudo q vc já viu. Somando o tempo de ida e volta, deixe tudo por umas 7hs.
O meu próximo post (21/04) será sobre nosso dia lá.
Abração
Anônimo disse…
Valeu! Já li o post e adorei - principalmente o lugar do almoço. Valeu pelas dicas!

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